O que esperar da telemedicina no Brasil em 2022? Dados, legislação, ferramentas e mais
Com a crescente de novos casos de covid e influenza, a telemedicina voltou a ganhar destaque como sendo uma solução prática e segura para atendimentos médicos.
A procura por telemedicina cresceu consideravelmente nas primeiras semanas de 2022.
Só pela Doctoralia, houve um aumento de 122% nos agendamentos de consultas online entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro.
De acordo com um levantamento da Saúde Digital Brasil, eram realizadas cerca de 7 mil consultas diárias via telemedicina no país em dezembro. Entre o Natal e o Réveillon, o número mais do que dobrou, indo para 15 mil atendimentos. Já em 2022, saltou para 40 mil por dia.
Essa alta pode ser atribuída ao aumento dos casos de covid-19, causado pela variante ômicron, mais contagiosa, e também pela epidemia de influenza H3N2, vírus que provoca sintomas parecidos.
Neste contexto de reforço das medidas de prevenção, a telemedicina se fortalece como uma solução mais segura para a prestação de atendimento médico, mesmo em casos não relacionados a sintomas respiratórios, uma vez que evita a exposição desnecessária.
E, apesar de ter sido liberada enquanto durar a pandemia, já existem dados que indicam que o atendimento médico a distância veio para ficar. Com os pacientes desenvolvendo o hábito de se conectarem aos profissionais virtualmente, a prática deve continuar tendo espaço no futuro.
Isso porque a telemedicina permite economizar tempo e dinheiro, estimulando os pacientes a colocarem suas consultas em dia e facilitando o acompanhamento dos tratamentos.
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No artigo, falaremos sobre a legislação brasileira, a importância de usar uma ferramenta profissional nos atendimentos e outras atualizações sobre a telemedicina em 2022. Acompanhe!
O que você verá neste artigo:
O que a legislação brasileira diz sobre a telemedicina
Antes da pandemia de covid-19, a telemedicina já era regulamentada pela Resolução 1.643/2002, do Conselho Federal de Medicina (CFM).
No documento, que segue em vigor, o órgão reconhece a modalidade de atendimento a distância somente em casos emergenciais, ou quando solicitado pelo médico responsável.
Com a necessidade de isolamento social e a transformação das instituições de saúde em locais de risco, a telemedicina foi uma das soluções defendidas pelo Ministério da Saúde para desacelerar o contágio pelo novo coronavírus.
Nesse cenário, em abril de 2020, a prática foi aprovada em caráter emergencial, enquanto durar a crise causada pelo novo coronavírus, pela Lei 13.989.
No texto, que continua em vigência, a telemedicina é definida como "o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde".
👉 Leia também: Telemedicina: o que diz a legislação brasileira?
A lei que sancionou a telemedicina no Brasil tornou viável a realização de atendimentos pré-clínicos, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico.
De maneira remota, o médico pode avaliar o quadro clínico do paciente e monitorar seu estado de saúde. Além disso, tem a possibilidade de trocar informações e opiniões com colegas médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Isso pode ser feito por meio de diversos canais, como videoconferência, telefone e aplicativos de mensagem. No entanto, o mais recomendado, para profissionais e pacientes que buscam por praticidade e segurança de dados, é usar uma plataforma específica para essa finalidade.
A importância de usar uma ferramenta profissional de telemedicina
Em dezembro de 2020, entrevistamos mais de 7 mil pacientes brasileiros para entender se eles pretendiam usar a telemedicina no futuro, mesmo após a pandemia. Entre os respondentes, 81% disseram que sim.
Em 2022, é possível constatar que as clínicas e hospitais estão trabalhando para atender a essa demanda.
De acordo com o Panorama das Clínicas e Hospitais 2022, levantamento feito pelo Grupo Docplanner do qual participaram 387 representantes de instituições de saúde por todo o Brasil, 63% dos entrevistados estão oferecendo atendimento por telemedicina, seja uma parte do corpo clínico (40%) ou todos os especialistas (23%).
No entanto, dos adeptos da telemedicina, mais da metade (58%) ainda usa plataformas de vídeo gratuitas e de uso geral, como Zoom, Skype ou WhatsApp.
O problema é que optar por esse tipo de ferramenta pode impactar negativamente tanto na experiência dos pacientes, quanto dos profissionais que realizam o atendimento, visto que não foram desenvolvidas considerando as particularidades da comunicação em saúde.
Em caráter emergencial, muitos profissionais começaram a oferecer consultas a distância usando a plataforma que conheciam, seja pela familiaridade no uso ou pela gratuidade.
Porém, o recomendado é que a tecnologia de medicina atenda a alguns pré-requisitos que garantem a privacidade dos dados, o acolhimento ao paciente e as condições ideais para que o profissional possa realizar um diagnóstico preciso.
Entre os diferenciais relevantes de plataformas especializadas em telemedicina, podemos destacar:
- A integração da ferramenta de vídeo com outras funcionalidades indispensáveis durante a consulta, como prontuário, receituário, pagamento e agenda médica.
- Medidas de proteção dos dados dos pacientes, que são delicados e sigilosos. Sobretudo, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor.
- Otimização da agenda, permitindo que o profissional de saúde selecione os dias e horários em que deseja oferecer consultas remotamente
- Automação de recursos: ganha-se agilidade e produtividade quando não é necessário criar manualmente um novo link de transmissão a cada atendimento, nem usar diversos sistemas diferentes para atualizar o prontuário, controlar o pagamento e fazer prescrições.
- Armazenamento adequado de informações: salvar fotos, resultados de exames e arquivos compartilhados durante as consultas online evita a perda de dados cruciais para o histórico do paciente.
👉 Leia também: [ebook] Telemedicina ganha espaço: veja o guia para consultas a distância
Figital: para onde caminha a telemedicina
Não é novidade que a pandemia acelerou o processo de transformação digital nos últimos anos. A digitalização já é inevitável para os negócios de qualquer segmento.
Mas é claro que, por mais que a tecnologia exerça um papel irreversível no dia a dia médico, a experiência em saúde também é física. Algumas especialidades ou situações continuam exigindo o toque, a análise clínica e o acolhimento presencial.
É por isso que a grande tendência para o futuro é o figital, ou seja, a união do físico com o digital.
O conceito consiste em oferecer aos pacientes uma experiência de qualidade que transita entre os universos online e offline, sem distinção. A tendência é que a jornada do paciente seja construída de acordo com suas preferências e necessidades.
Vamos pensar, por exemplo, em um paciente que agenda, pela internet, uma consulta presencial.
Na véspera, ele recebe um lembrete e, no dia marcado, vai até a clínica. Lá, ele pode estacionar em um local adequado, aguarda em uma sala de espera confortável e é bem atendido no momento da consulta.
Mais tarde, em casa, pode tirar dúvidas pelo chat, compartilhar sua opinião sobre a instituição de saúde e discutir o resultado dos exames com o médico em uma nova consulta, via telemedicina.
Um modelo híbrido pode simplificar etapas dos tratamentos, como a triagem e a análise de exames, que nem sempre exigem atendimento presencial. Isso oferece praticidade para todos os envolvidos e aproxima o médico dos pacientes, mesmo com as consultas sendo realizadas a distância. .
👉 Leia também: Futuro da Telemedicina: jornada híbrida do paciente entre o digital e o físico
Conheça as ferramentas de telemedicina do Grupo Docplanner
Quando a pandemia começou a se intensificar, o Grupo Docplanner — do qual a Doctoralia e o TuoTempo fazem parte — dedicou seus esforços para colocar no ar uma ferramenta de telemedicina simples e segura para médicos e pacientes.
A ideia era sermos úteis para o setor sanitário, mantendo a missão de tornar mais humanas as experiências na área da saúde. Quase dois anos depois, nossa ferramenta continua sendo atualizada constantemente.
Hoje, clínicas podem acessá-la por meio da Agenda Doctoralia, enquanto hospitais, centros de diagnóstico e redes de clínicas a encontram no CRM TuoTempo.
As plataformas cobrem todas as funcionalidades mencionadas no artigo e ainda incluem possibilidades extras que agregam valor à instituição.
A prevenção e o combate ao coronavírus transformaram a rotina tanto dos pacientes quanto dos profissionais de saúde. Nesse contexto, foi necessária a adaptação a um novo padrão de atendimento, mais virtual e distante fisicamente e, ainda assim, mais humanizado.
Ao mesmo tempo, a pandemia impulsionou a inovação na área da saúde, promovendo o apoio na tecnologia para manter a constância dos atendimentos.
Nesse cenário, a telemedicina é uma das práticas mais valiosas. Ela não veio para substituir o atendimento presencial, mas sim para diminuir distâncias e garantir o acesso à saúde.
Quando utilizada com responsabilidade, por meio de ferramentas específicas para esse fim, tem potencial para melhorar o atendimento aos pacientes e o trabalho dos médicos. Por isso, mesmo depois que a pandemia for superada, deve seguir como uma prática importante.
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