Saiba o que é, quais são as vantagens e como funciona a interoperabilidade na saúde
A interoperabilidade na saúde representa o avanço da maturidade digital em hospitais, clínicas e centros médicos. Ligada aos sistemas de gestão, permite o avanço da otimização de processos, redução de custos e melhoria do atendimento aos pacientes. Apesar de ainda ser um desafio no Brasil, aos poucos a interoperabilidade está sendo reconhecida como uma necessidade das instituições de saúde.
Você já ouviu falar em interoperabilidade na saúde? Sabe o que isso quer dizer?
Relacionado à maturidade digital na saúde, o tema tem ganhado destaque entre instituições por ser uma forma de melhorar processos, diminuir custos e oferecer um atendimento de mais qualidade aos pacientes.
Porém, implementá-la ainda é um desafio para muitos hospitais e centros de diagnóstico. Quer saber o que é, para que serve e como colocar um sistema interoperável para rodar? Então continue a leitura do artigo!
Confira os principais tópicos deste artigo:
O que é interoperabilidade?
Primeiro, vamos entender o que é interoperabilidade.
A interoperabilidade é a capacidade que diferentes sistemas operacionais têm de se comunicar sem a intervenção humana. Eles conseguem trabalhar de maneira simultânea, mesmo com suas distinções digitais (arquitetura de software, por exemplo), trocando informações e processando dados.
A aplicação da interoperabilidade é importante em diversos mercados, ainda mais no contexto atual, em que as empresas passam por uma transformação digital intensa. Graças a essa interação, os diferentes softwares utilizados podem interagir com segurança e eficiência.
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O que é interoperabilidade aplicada na saúde?
Com esse conceito em mente, podemos falar de maneira mais específica sobre como a interoperabilidade se aplica à saúde.
No segmento, a interoperabilidade permite a troca de dados entre os diferentes sistemas usados nas instituições de saúde, possibilitando que ofereçam um atendimento de mais qualidade aos pacientes.
“A interoperabilidade na saúde pode ser tratada como um conceito à parte do original porque, nessa área, o ambiente de sistemas é muito complexo.”
Diversas plataformas são usadas simultaneamente, como ferramenta de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), sistema de radiologia, entre outros.
Cada uma executa procedimentos específicos e ainda pode ter sido desenvolvida por fornecedores diferentes, possuindo linguagens, linhas de código e arquitetura próprias.
Portanto, o que acontece muitas vezes é que essas plataformas não têm os dados compartilhados entre si. Dessa maneira, os profissionais de saúde não têm acesso a todas as informações dos pacientes, o que pode prejudicar o atendimento.
Imagine, por exemplo, uma pessoa que sofreu um acidente de trabalho e precisa ser levada com urgência para um hospital. Ao chegar lá, a equipe não consegue acessar o histórico de exames feitos anteriormente pelo paciente, gerando a necessidade de realizá-los outra vez.
Por conta disso, o hospital não só tem mais custos, como perde uma agilidade que pode ser decisiva em casos graves. Esse exemplo mostra como a interoperabilidade na saúde pode adiantar o atendimento, evitar desperdícios e otimizar gastos.
Sendo assim, como conectar as diferentes ferramentas usadas pelo hospital? Uma forma é por meio de protocolos que padronizam a maneira como os dados são representados. Assim, qualquer informação é assimilada por todos os sistemas, que trocam informações entre si. Mas, sobre como fazer isso, falaremos mais adiante.
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Quais são as vantagens da interoperabilidade na saúde?
Entenda com mais detalhes o que uma instituição de saúde ganha ao trabalhar com sistemas que se comunicam:
Agilidade
Quando os sistemas não se comunicam, a equipe do centro médico perde tempo produzindo tarefas repetitivas e procurando informações até encontrar o que precisa.
Com a interoperabilidade, por outro lado, os dados podem ser acessados facilmente, deixando mais tempo livre para a produtividade e qualidade dos serviços prestados aos pacientes.
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Redução de custos
Ter as informações dos pacientes, reunidas e organizadas, também ajuda a reduzir custos com exames duplicados ou tratamentos que não deveriam ser feitos. Tudo isso gera economia de recursos para o hospital.
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Acesso ao histórico do paciente
Com a interoperabilidade, é possível reunir diversas informações sobre um mesmo paciente. A partir dessa visão ampla e integrada, os profissionais do hospital conseguem oferecer diagnósticos e tratamentos mais certeiros.
Troca de informações entre profissionais
Uma vez que a interoperabilidade permite acessar mais facilmente os dados dos pacientes, também possibilita que diferentes profissionais de saúde acessem as informações para discutir tratamentos e encontrar a melhor solução para cada caso.
Atendimento humanizado
A interoperabilidade na saúde deixa a equipe mais livre para focar no principal, que é o paciente. Com informações organizadas e processos automatizados, sobra tempo para humanizar o atendimento e encantar os pacientes com uma experiência de qualidade.
Como implementar a interoperabilidade em saúde?
Se você ficou convencido sobre as vantagens de adotar a interoperabilidade na saúde, trazemos, a seguir, algumas dicas de como implementá-la de maneira bem-sucedida.
O conhecimento é o primeiro passo. Os benefícios devem estar claros para os gestores do hospital, que devem entender quais são as vantagens esperadas para depois repassar a importância dessa mudança ao restante da equipe.
“É importante também buscar por fornecedores adequados, que desenvolvam ferramentas usando os padrões necessários para que elas se comuniquem.”
A solução escolhida também deve ser compatível com outras já utilizadas. Idealmente, é interessante usar sistemas de um mesmo fornecedor, para garantir a comunicação entre eles.
O hospital também pode montar um plano de ação que inclua as diferentes etapas necessárias para integrar os sistemas, o treinamento das equipes, os indicadores que serão avaliados para entender se a interoperabilidade está trazendo bons resultados.
Estes são alguns sistemas que podem ser integrados:
- Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP): bastante usado nas instituições de saúde por facilitar o registro das interações com o paciente de maneira segura e organizada. Integrar os dados do PEP com outras ferramentas facilita o trabalho de toda a equipe, que poderá acessar o histórico e agilizar o atendimento.
- Sistema de Informação Radiológica (RIS): ferramenta que automatiza a gestão dos centros de diagnóstico por imagem. Integrá-la a outros sistemas permite que os médicos entendam mais a fundo as condições dos pacientes a partir da visualização dos exames.
- Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens (PACS): o PACS permite armazenar imagens médicas. Quando integrado com outros sistemas, contribui também para a troca de informações entre profissionais e para a definição dos melhores tratamentos.
- Sistema de Gestão Empresarial (ERP): auxilia na administração de toda a empresa, incluindo processos financeiros, de RH e muitos outros.
Desafios da interoperabilidade na saúde
Vale ressaltar que a implementação da interoperabilidade na saúde também inclui a superação de alguns desafios.
O primeiro é a própria complexidade do setor, que já mencionamos. Além disso, é preciso contar com o auxílio de profissionais de tecnologia da informação treinados e capacitar os colaboradores que farão o uso das ferramentas no dia a dia.
Por último, mas não menos importante, a integração não deve deixar de lado a proteção dos dados dos pacientes, algo que é cada vez mais exigido em tempos de normas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Como ter interoperabilidade na saúde com o CRM TuoTempo
Agora que você já sabe o que é e quais são as vantagens da interoperabilidade na saúde, talvez queira começar agora a aproveitar esses benefícios no seu hospital.
A boa notícia é que há, no mercado, soluções que facilitam a integração com outras ferramentas, permitindo que centros médicos tenham sistemas interoperáveis com pouco esforço.
É o caso do TuoTempo, solução do Grupo Docplanner (que também detém a Doctoralia) focada em relacionamento com os pacientes. Com o CRM, você digitaliza o seu hospital e melhora a Experiência do paciente - Temp BR, sem deixar de lado a humanização no atendimento, além da centralização e a segurança dos dados.
A ferramenta é ideal para hospitais e centros de diagnóstico, pois conta com diversas funcionalidades, como check-in e sala de espera virtual, análises e relatórios, aplicativo para pacientes, desenvolvimento de site e muito mais.
Mas, caso o hospital deseje, a ferramenta pode ser integrada com mais de 30 plataformas para agregar ainda mais funcionalidades.
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