Telemedicina ganha espaço - veja o guia para consultas a distância

entenda como funciona a Telemedicina

Tantos hábitos precisaram ser adaptados depois que o Coronavírus passou a habitar entre nós que até mesmo o ritual das consultas médicas sofreu transformações. O isolamento social trouxe a validação temporária da Telemedicina e a prática deve ficar cada vez mais presente na saúde daqui em diante. Por isso, agregar conhecimento sobre essa modalidade é essencial para os profissionais.

Como o próprio nome indica, a Telemedicina é a junção da medicina com a tecnologia, possibilitando ações médicas a distância. Desde o início da pandemia da Covid-19, a procura por este tipo de atendimentos tem crescido diariamente, principalmente entre pacientes que precisam continuar seus tratamentos ou que sofrem de doenças crônicas. 

Segundo a Associação Paulista de Medicina, mais da metade dos profissionais de medicina têm realizado atendimentos a distância. E já na primeira semana de maio, identificamos um crescimento de 98% nas consultas por Telemedicina agendadas pela Doctoralia, em comparação com o mesmo período de abril.

Aplicações da Telemedicina

Na relação médico-paciente, a lei que sancionou a Telemedicina viabilizou  atendimentos pré-clínicos, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia da informação e comunicação. Atendimentos estes que podem ser feitos tanto por videoconferência, como por telefone ou por plataformas de mensagem.

No entanto, não é só na relação médico-paciente que a Telemedicina vem se aplicando. Quando dois ou mais profissionais de saúde se colocam em contato virtualmente, eles também estão praticando a teleconsulta.

Durante a pandemia, vimos a criação de várias ações entre profissionais da saúde, como foi o caso do grupo Coronavírus-19 BR, organizado pela Rede Universitária de Telemedicina. A iniciativa conecta  pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior para troca de informações sobre o vírus.

Outro exemplo foi o trabalho coordenado por profissionais do Incor e HC, que passaram a assessorar mais de 100 hospitais da rede pública através da teleconsulta. A ação, lançada também em meio à pandemia, viabilizou a discussão de casos em tempo real com médicos de outros hospitais para a agilização de procedimentos.

Preceitos fundamentais da Telemedicina

A orientação a distância é uma necessidade que surgiu há várias décadas e que, em 1993, foi oficialmente incorporada pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos com o termo telemedicine.

A Telemedicina possibilitou não apenas o isolamento social durante a pandemia, como também o atendimento remoto de pessoas com acesso difícil a uma determinada especialidade, assim como monitoramento de pacientes em tratamento, o envio de exames online, a diminuição de custos, otimização do tempo para profissionais e paciente e a agilidade em determinados  atendimentos.

Atualmente, toda a consulta deve ser, obrigatoriamente, registrada em prontuário clínico com indicação de data, hora, tecnologia utilizada e o número do Conselho Regional Profissional do médico e sua unidade da federação

O processo de triagem deve ser o mesmo do atendimento presencial: o profissional faz a anamnese do paciente e, sempre que necessário, poderá encaminhá-lo paciente para atendimento em um hospital. 

👉 Conduzindo uma consulta a distância na prática

É recomendado que tanto médicos como pacientes sigam um protocolo para garantir a qualidade da consulta a distância. 

Antes de iniciar o atendimento, o profissional pode enviar ao paciente um guia para as consultas online e a seguir, listamos algumas formalidades que devem ser aplicadas pelo especialista:

  1. Inicie a consulta confirmando com o paciente a qualidade do áudio e som.
  2. Confirme a identidade do paciente - nome e data de nascimento.
  3. Pergunte se o paciente está confortável para prosseguir, se está em ambiente privado e se apresenta qualquer preocupação de privacidade
  4. Comece a consulta confirmando os objetivos do paciente e, em seguida, adapte as perguntas seguindo o seu histórico.
  5. Ao final, resuma os pontos-chave do atendimento, reforçando qualquer acompanhamento necessário, como retornos futuros, prescrições e receitas.
  6. Pergunte ao paciente se ele tem mais alguma dúvida ou se precisa de algum esclarecimento.
  7. Informe que você está encerrando atendimento.
  8. Uma vez terminado o contato com paciente, conclua fazendo os acompanhamentos necessários - como envio de recomendações ou receituário eletrônico, por exemplo.
  9. Atualize o prontuário clínico do Paciente
  10. Caso você tenha passado por problemas técnicos durante a conexão, anote-os e envie ao seu responsável.

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Conduzindo uma consulta a distância em caso de pacientes com suspeita de Covid-19

Consultas online em suspeitas de Covid-19

Atendimentos a distância e a saúde suplementar

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), também definiu novas medidas para planos de saúde enquanto o país estiver em situação de Emergência em Saúde Pública. Um dos termos de destaque se refere justamente aos atendimentos a distância. 

Para viabilizar sua implementação, respeitando a segurança jurídica necessária, o órgão  determinou que: "para que os atendimentos sejam realizados através da telessaúde, deve haver prévio ajuste entre as operadoras e os prestadores de serviços integrantes de sua rede através de qualquer instrumento, como por exemplo, troca de e-mail e troca de mensagem eletrônica no site da operadora"

Atendimentos a distância para outras especialidades

Não apenas médicos podem se beneficiar dos atendimentos a distância. Existem outras profissões da área da saúde que também já contam com regulamentação, como é o caso da Enfermagem, em casos de urgência ou emergência, Fonoaudiologia, como suporte à avaliação a distância, e Psicologia, que regulamentou várias modalidades de serviços psicológicos a distância.

Para saber mais sobre a emissão de receitas, termos de consentimento dos pacientes e cobrança pelas consultas, veja o que diz a legislação brasileira sobre a Telemedicina.

 

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