Como é ser um dermatologista na era digital
Aos 32 anos, o dermatologista Luiz Alberto Bomjardim Pôrto já é parte da geração de especialistas que são nativos digitais. Seu envolvimento com a Internet começou muito antes da medicina, se intensificou na faculdade e, naturalmente, se tornou uma ferramenta de trabalho e de comunicação com os pacientes.
Atualmente, Luiz vive um novo momento na carreira. Depois de passar por estágios na Dinamarca, Áustria e Estados Unidos, concluiu sua residência médica (antes trabalhou também como médico generalista) e atua como dermatologista em um consultório particular.
Nesta entrevista, o profissional conta como usa a Internet para complementar seu trabalho, melhorar o contato com os pacientes e o acesso às informações sobre a sua especialidade.
Como começou seu envolvimento com a Internet na área da saúde?
Eu tenho 32 anos e sempre tive muita afinidade e envolvimento com o ambiente online, desde o ensino médio. Na Faculdade de Medicina da UFMG, acabava usando a Internet em todas as minhas atividades extracurriculares e, inclusive, para complementar a divulgação desses trabalhos. Desde então, criei e mantive o hábito de estar na web como profissional da saúde.
Mesmo depois de formado, procuro usar a Internet também como forma de levar mais informação sobre dermatologia para o público em geral. Para mim é uma forma de retribuir à sociedade o que eu recebi na universidade pública e em órgãos públicos para os quais eu já trabalhei.
Como sente que a Internet tem ajudado a promover o seu trabalho como dermatologista?
Estou em uma etapa nova da carreira e atendo a um grupo de pacientes heterogêneo. Nesse sentido, a Internet tem ajudado porque me permite ter acesso aos pacientes que não estão próximos às zonas em que atendo. Ela pode fazer pouca diferença para pacientes que já me conheciam e estavam fidelizados, mas pessoas que nunca tiveram contato comigo ou com a clínica em que eu atendo, acabam me conhecendo pela Internet. Especialmente estando em uma cidade grande como Belo Horizonte, a presença online é importante.
Você tem uma reputação impecável na Doctoralia. Acredita que as opiniões em seu perfil interferem na percepção dos pacientes que te visitam?
Sempre que tenho contato com uma nova ferramenta tecnológica, a uso na plenitude e me dedico 100% para saber se ela funciona ou não. Isso não foi diferente como o meu perfil na Doctoralia.
“As opiniões acabam fazendo parte da minha apresentação profissional, pois são informações que o paciente vê no perfil junto com minhas experiências profissionais e o telefone do meu consultório, por exemplo.”
Além disso, cada paciente tem uma necessidade quando procura um especialista: existem os que querem a comodidade de marcar consulta pela Internet, os que buscam um consultório que esteja próximo de casa e existem muitos que têm a necessidade de conhecer a opinião de outros pacientes que já se consultaram com o médico antes. Leia mais.
E você faz algum tipo de trabalho na Internet para melhorar o acesso desses pacientes às informações sobre saúde?
Sim. Todo paciente que chega ao meu consultório recebe um informativo sobre dermatologia, com o endereço do meu site, canal do youtube e demais mídias sociais. No final da consulta, recomendo que acessem meus canais digitais para encontrarem informação adicional após a visita - site e perfis no Instagram e Facebook.
E é muito gratificante ver o resultado disso: acompanho constantemente os acessos ao meu site e vejo que muitas das visitas são diretas, ou seja, de pessoas que digitaram meu site no navegador. Então, os meus pacientes estão realmente acessando meu site, o que é muito bom porque complementa a orientação que eles tiveram durante a consulta.
Depois da consulta também tenho hábito de interagir com eles enviando vídeos educativos e cartilhas de orientação da dermatologia, principalmente por canais digitais como: e-mail, mídias sociais e WhatsApp.
Falando em canais digitais, qual a sua experiência com o agendamento pela Internet?
Como mencionei anteriormente, eu noto que cada paciente tem uma necessidade. Existem os que não gostam de nada tecnológico e preferem um cartão ou panfleto, por exemplo. Por outro lado, tem paciente que só marca pela Internet e, mesmo que você ligue para confirmar alguma informação, ele nem atende o telefone. A agenda online atende às necessidades desse perfil, que prefere tudo online.
Você tem alguma recomendação para os especialistas que estão começando no universo digital?
De modo geral, eu acho a Internet uma boa ferramenta, desde que o profissional dedique tempo para ela. Ela não vai salvar a profissão de ninguém, mas é realmente válida como ferramenta de complementação.
Em uma das palestras que participei, uma frase me chamou a atenção e acho que faz todo sentido quando falamos sobre isso: "O ambiente online é uma extensão do offline". Isso quer dizer que não adianta se apresentar de uma forma na Internet e se mostrar outro tipo de profissional no consultório. O paciente vai se frustrar, o que não é bom. Tem que ser realmente transparente na Internet e personificar seu jeito de trabalhar.
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