Aos 32 anos, ele já é parte da geração de especialistas que são nativos digitais. Seu envolvimento com a Internet começou antes da medicina, se intensificou na faculdade e hoje é uma ferramenta de trabalho e de comunicação com os pacientes.
"Sempre que tenho contato com uma nova ferramenta tecnológica, a uso na plenitude e me dedico 100% para saber se ela funciona ou não. Isso não foi diferente como o meu perfil na Doctoralia.”
Ver perfilEu tenho 32 anos e sempre tive muita afinidade e envolvimento com o ambiente online, desde o ensino médio. Na Faculdade de Medicina da UFMG, acabava usando a Internet em todas as minhas atividades extracurriculares e, inclusive, para complementar a divulgação desses trabalhos. Desde então, criei e mantive o hábito de estar na web como profissional da saúde.
Mesmo depois de formado, procuro usar a Internet também como forma de levar mais informação sobre dermatologia para o público em geral. Para mim é uma forma de retribuir à sociedade o que eu recebi na universidade pública e em órgãos públicos para os quais eu já trabalhei.
Estou em uma etapa nova da carreira e atendo a um grupo de pacientes heterogêneo. Nesse sentido, a Internet tem ajudado porque me permite ter acesso aos pacientes que não estão próximos às zonas em que atendo. Ela pode fazer pouca diferença para pacientes que já me conheciam e estavam fidelizados, mas pessoas que nunca tiveram contato comigo ou com a clínica em que eu atendo, acabam me conhecendo pela Internet. Especialmente estando em uma cidade grande como Belo Horizonte, a presença online é importante.
Sempre que tenho contato com uma nova ferramenta tecnológica, a uso na plenitude e me dedico 100% para saber se ela funciona ou não. Isso não foi diferente como o meu perfil na Doctoralia.
As opiniões acabam fazendo parte da minha apresentação profissional, pois são informações que o paciente vê no perfil junto com minhas experiências profissionais e o telefone do meu consultório, por exemplo.
Além disso, cada paciente tem uma necessidade quando procura um especialista: existem os que querem a comodidade de marcar consulta pela Internet, os que buscam um consultório que esteja próximo de casa e existem muitos que têm a necessidade de conhecer a opinião de outros pacientes que já se consultaram com o médico antes.
Sim. Todo paciente que chega ao meu consultório recebe um informativo sobre dermatologia, com o endereço do meu site, canal do youtube e demais mídias sociais. No final da consulta, recomendo que acessem meus canais digitais para encontrarem informação adicional após a visita - site e perfis no Instagram e Facebook.
E é muito gratificante ver o resultado disso: acompanho constantemente os acessos ao meu site e vejo que muitas das visitas são diretas, ou seja, de pessoas que digitaram meu site no navegador. Então, os meus pacientes estão realmente acessando meu site, o que é muito bom porque complementa a orientação que eles tiveram durante a consulta.
Depois da consulta também tenho hábito de interagir com eles enviando vídeos educativos e cartilhas de orientação da dermatologia, principalmente por canais digitais como: e-mail, mídias sociais e Whatsapp.
Como mencionei anteriormente, eu noto que cada paciente tem uma necessidade. Existem os que não gostam de nada tecnológico e preferem um cartão ou panfleto, por exemplo. Por outro lado, tem paciente que só marca pela Internet e, mesmo que você ligue para confirmar alguma informação, ele nem atende o telefone. A agenda online atende às necessidades desse perfil, que prefere tudo online.
De modo geral, eu acho a Internet uma boa ferramenta, desde que o profissional dedique tempo para ela. Ela não vai salvar a profissão de ninguém, mas é realmente válida como ferramenta de complementação.
Em uma das palestras que participei, uma frase me chamou a atenção e acho que faz todo sentido quando falamos sobre isso: "O ambiente online é uma extensão do offline". Isso quer dizer que não adianta se apresentar de uma forma na Internet e se mostrar outro tipo de profissional no consultório. O paciente vai se frustrar, o que não é bom. Tem que ser realmente transparente na Internet e personificar seu jeito de trabalhar.