mar 05, 2024

Principais desafios na gestão de clínicas de médio e grande porte

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A melhoria na qualidade dos serviços prestados por qualquer empresa é uma dificuldade que exige uma etapa de planejamento sólida. Essa lógica também é válida para os planos de uma clínica médica. A melhor forma de superar obstáculos e aprimorar seu atendimento é por meio de uma estratégia que envolva, dentre outras coisas, conhecimento sobre os principais obstáculos do setor.

Sem tê-los no radar, os gestores correm o risco de não atender as demandas de mercado e podem sair atrás da concorrência em termos de preparo, algo que prejudica os resultados e tem poder de impactar até mesmo a reputação. 

Para ajudar nesse mapeamento dos aspectos mais importantes, preparamos um post completo sobre o assunto. 

A seguir, vamos explorar os principais desafios na gestão de clínicas de médio e grande porte. Assim, você consegue alinhá-los à realidade do seu negócio e buscar as melhores soluções. Confira!

Como identificar os desafios na gestão da sua clínica?

Como dito, uma excelente administração de clínica médica começa com um bom planejamento. E isso vai passar, invariavelmente, pelo diagnóstico de problemas (previstos e imprevistos) em sua rotina.

E o primeiro passo consiste em fazer uma autoanálise, ou seja, olhar para dentro das operações e da estrutura a fim de encontrar os problemas mais frequentes - aqueles que estão mais propensos a ocorrer ou gerar grandes impactos - e também aqueles que são menos alarmantes para o momento ou que oferecem riscos menores.

Isso é essencial para alinhar as diretrizes, pontos de partida e prioridades. 

Em seguida, é hora de olhar para além do ambiente da clínica, ou seja, é o momento de estudar o mercado. 

Essa análise deve abranger tudo aquilo que ameaça e coloca em risco a boa gestão, desde normas técnicas que precisam ser cumpridas até a política de preços aplicada pela concorrência. 

Essas são apenas algumas orientações generalistas, mas que já dão indícios de quais devem ser os primeiros passos. 

Agora, enfrentando a realidade de um mercado em constante transformação, identificamos os principais desafios que emergem como focos de atenção para as clínicas de médio e grande porte. Com base no Panorama das Clínicas e Hospitais 2024, destacamos as questões mais votadas pelos gestores de saúde como cruciais para a sustentabilidade e crescimento de suas instituições no ano de 2024. Vejamos mais detalhadamente estes desafios e como eles se distribuem em termos de prioridade para os gestores:

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Como podemos ver nos dados, não é surpreendente que o topo da lista esteja focado em aprimorar a experiência do paciente, um tema que exploraremos em detalhes a seguir.

1. Otimizar o atendimento ao paciente


A jornada do paciente deve ser profundamente respeitada. Isso significa que é necessário entender como seu cliente está se sentindo ao longo de todo os momentos de interação com a clínica médica. 

Por meio da análise daquilo que os especialistas chamam de jornada do cliente, é possível entender as aflições, inseguranças e necessidades dos pacientes, o que permite melhorar o atendimento e torná-lo mais humanizado, personalizado e capaz de contribuir para fidelização. 

O primeiro passo dessa missão é mapear a jornada e criar um roteiro de atendimento pensando em cada parte do processo. Também é interessante “se colocar no lugar do paciente” para tentar prever sua receptividade às ações propostas e entender se elas realmente auxiliam a tornar a jornada mais simples e focada nas necessidades dele. 

Com base nessa reflexão é possível orientar a equipe de atendimento, construir um script padrão para simplificar as interações e refinar essa demanda tão estratégica para melhoria dos resultados. 

Também não se esqueça que a personalização é fator-chave. Para isso, vale a pena contar com soluções digitais, como softwares de gestão. Neles, você pode concentrar as informações de cada paciente e, assim, ter acesso aos dados com facilidade.

2. Gerenciamento das finanças

A gestão de clínica não consiste apenas em lidar com pessoas e a agenda dos profissionais: o diagnóstico da saúde financeira também faz parte da rotina.

É natural que muitos profissionais da área da saúde não tenham familiaridade com a rotina administrativa, uma vez que sua formação foi direcionada para a ciências biológicas e não para questões administrativas. 

Contudo, estamos falando de uma demanda crucial. Clínicas de saúde de todos os portes podem enfrentar severas dificuldades caso não seja adotada uma rotina de controle e análise dos resultados financeiros.

Portanto, se sua clínica não realiza uma revisão das contas há algum tempo, coloque este tópico como uma das prioridades. Para ter profundidade nessa análise, confira detalhes das seguintes movimentações:

  1. Fluxo de caixa (entradas e saídas);
  2. Resultados dos meses anteriores (lucros e prejuízos);
  3. Faturamento mensal (quanto a empresa recebeu de dinheiro pelos serviços);
  4. Despesas operacionais, administrativas e estruturais (gastos com salários, aluguel de equipamentos, conta de energia etc).

Um levantamento completo dos números pavimenta o caminho para que os gestores tomem decisões sem o risco de gerar um grande abalo nas contas, além de ser uma tarefa indispensável para desenvolver uma política de precificação assertiva. 

👉 Leia também: Finanças para médicos: 5 dicas para organizar as contas do consultório

3. Organização das informações e dados

Organização é tudo para uma gestão de excelência, especialmente se levarmos em consideração o grande volume de dados e documentos que uma empresa dessa natureza gera.

Veja alguns exemplos de informações que são comuns na rotina administrativa de uma clínica de grande e médio porte: 

  • Dados pessoais de pacientes;
  • Prontuários médicos;
  • Receituários;
  • Exames;
  • Dados financeiros de pessoas físicas e jurídicas.

Se tudo isso não for organizado de forma coerente, a gestão torna-se um pesadelo, afinal, sua equipe pode gastar horas de trabalho atrás de uma simples pasta que estava esquecida em um arquivo no fundo de uma sala. 

E aqui entra um outro obstáculo pertinente: modernizar a forma de registro e manuseio de informações. 

Já está na hora de aposentar o papel e todo o trabalho que arquivos manuais geram por soluções mais modernas, como o armazenamento de dados em sistemas de gestão operados em nuvem. 

Conforme a clínica troca o papel pelo digital, desaparecem problemas como dificuldade para encontrar arquivos e a perda de informações. Ou seja, além de mais prática, a gestão digital de documentos é mais segura. 

Portanto, pondere a possibilidade de adotar novas práticas de organização e conte com a tecnologia para dar suporte à essa missão. 

Ao digitalizar os arquivos, todo o manuseio de dados será ágil, o que contribui para que as operações da clínica sejam menos custosas e mais efetivas.

4. Captação e fidelização de pacientes

A prospecção e a fidelização de pacientes também é um grande desafio para os gestores de clínicas médicas. 

Porém, prospectar se tornou mais dinâmico e acessível com a atualização das normas de publicidade pelo CFM. Agora, os profissionais de saúde têm mais liberdade para promover seus serviços, incluindo a divulgação de preços de consultas e campanhas promocionais, sempre respeitando a ética e a veracidade das informações. 

Isso representa uma adaptação às realidades do mercado, permitindo que médicos e clínicas se comuniquem de maneira eficaz e ética com o público.

Além de prospectar, a empresa pode se fazer presente junto ao público de maneira mais sutil. Algumas ideias são:

  1. Participar de eventos de saúde (como workshops, eventos públicos, debates e palestras);
  2. Promover ações sociais (como arrecadação de alimentos ou doação de serviços médicos para populações carentes);
  3. Adotar uma estratégia de marketing e presença nas redes sociais que seja pautada na transmissão de conhecimento (com posts que falem sobre saúde e mais, mas sem viés comercial).

Junto à prospecção, é necessário pensar na fidelização, afinal, parte do sucesso de uma empresa passa por estruturar uma base de consumidores. 

Fidelizar clientes é algo que exige atenção à qualidade do atendimento e dos serviços prestados, além de um olhar amplo sobre outros fatores de impacto, como a estrutura da clínica, as formas de pagamento adotadas e até a postura da marca nas redes sociais. 

Quando essas tarefas são bem executadas, crescem as chances de transformar pacientes em busca de ajuda em pessoas fiéis aos serviços fornecidos e à relação construída com os profissionais de saúde. Esses aspectos são fatores-chave para que clientes satisfeitos se transformem em promotores da clínica.

Resumindo: prospectar e fidelizar são desafios que geram resultados. Portanto, não abra mão de estratégias focadas nessas demandas, e as execute de maneira equilibrada, sempre alinhando as ações conforme o perfil do seu público-alvo.

Fidelização de pacientes para consultórios e clínicas

5. Adequação à LGPD

Como estamos falando bastante de estratégias focadas na internet, é essencial conhecer a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. Esse conjunto de regras, exigências, obrigações e responsabilidades atesta as melhores práticas no tratamento de dados pessoais.

E nem é preciso reforçar a importância em cuidar dos dados dos seus pacientes, certo? Como o setor lida com informações sensíveis, é fundamental resguardá-los e adotar as políticas de proteção mais eficazes possíveis.

Neste sentido, busque soluções tecnológicas que estejam adequadas às diretrizes da LGPD, como é o caso da Doctoralia. Nosso software de gestão médica concentra inúmeras funções que simplificam a administração e adotam protocolos de segurança modernos. 

Se você pensa que isso é um mero detalhe, lembre-se que vazamento de dados sensíveis é algo passível de punição na esfera civil e até mesmo criminal. 

Isso implica em riscos para as finanças do negócio e para a imagem construída junto aos pacientes.

6. Compras e controle de estoque

Insumos, ferramentas, materiais de escritório… A lista de compras deve ser muito bem calculada em uma boa gestão clínica. Isso evita um estoque inchado, ou pior: a falta de suprimentos necessários para as executar atividades profissionais.

Em ambos os casos, uma coisa é certa: o prejuízo

Em estoques inchados significam insumos mal utilizados, que podem estar vencidos, com embalagens danificadas e contaminados. Na área da saúde, cada detalhe sanitário faz a diferença e, acredite, um estoque lotado não é sinal de boa administração. 

A mesma lógica se aplica ao estoque vazio. Ser enxuto na estocagem pode gerar constrangimento perante os pacientes. Já pensou como dizer a um paciente que você está sem esparadrapo para trocar um curativo? Qual imagem sua clínica vai passar?

Falta de material também pode gerar correria para garantir a reposição e, nesse processo, você perde poder de negociação, uma vez que um fornecedor atento vai perceber sua necessidade e pode dificultar um desconto ou estreitar a quantidade de parcelas. 

Nada disso beneficia a gestão, portanto, crie o hábito de analisar o estoque e medir o fluxo de saída dos materiais para calibrar os pedidos de reposição e encaixá-los em seu controle financeiro.

7. Gerenciar os colaboradores

Seu capital humano tem grande influência na reputação da sua marca e na obtenção de resultados expressivos. 

É o atendimento de cada um deles que vai construir a experiência do paciente, por isso, lembre-se de treinar bem seu time e capacitá-lo para que cada integrante possa se desenvolver continuamente e oferecer o seu melhor ao interagir com pacientes e executar suas tarefas. 

Se atente também aos fatores que melhoram a motivação profissional. Dentre eles estão: 

  • Política salarial adequada (salários que acompanham a média de mercado e respeitam, ao menos, o piso das categorias);
  • Oferta de benefícios trabalhistas (os “vales” e outros benefícios têm alto poder de impacto na satisfação dos funcionários);
  • Construção de um clima organizacional onde há respeito e cordialidade;
  • Elaboração de um plano de carreira;
  • Gestão de pessoas pautada pela empatia, escuta ativa e respeito às diferenças;
  • Fornecimento de uma boa infraestrutura para execução das atividades profissionais.

Também vale reforçar que profissionais motivados são mais produtivos. Portanto, não considere os custos relacionados à gestão de pessoas como uma despesa, mas, como um investimento.

8. Controle eficiente de agendamentos

Por fim, foque suas atenções no agendamento. Utilize recursos para simplificar o controle da tarefa, tais como a gestão de consultas online, scripts de treinamento para orientar um agendamento telefônico ágil e atencioso e o uso de novas ferramentas de comunicação, como o WhatsApp.

Para essa missão, o foco é simples: não importa por onde o agendamento é feito, ele precisa estar em sincronia com os horários disponíveis.

Pode parecer mero detalhe, mas sua agenda tem que funcionar perfeitamente. Isso ajuda a evitar atrasos e cancelamentos inesperados que deixam pacientes insatisfeitos. 

E por falar nos cancelamentos, um bom controle da agenda permite que a equipe da recepção possa encaixar novos pacientes e encontrar novos horários sem o risco de gerar o famoso overbooking.

Novamente, que faz a diferença para tornar essa tarefa simples é a tecnologia. Utilizar soluções digitais desenvolvidas para a gestão de clínicas de saúde é o caminho mais seguro para superar contratempos e gerar melhorias na rotina administrativa.

Ao incluir um software de gestão no dia a dia, todos os dados estratégicos mais importantes ficam visíveis em uma única plataforma, onde também é possível automatizar tarefas, simplificar a comunicação e gerenciar dados de pacientes com segurança.

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