mai 10, 2024

Telemedicina: salvando vidas da pandemia à calamidade pública

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Regulamentada como uma solução para ampliar o acesso à saúde em tempos de isolamento social, a telemedicina segue em crescimento no Brasil mesmo após a pandemia. E não só os dados, mas também médicos e pacientes de diversas especialidades comprovam isso.

Só na Doctoralia, pioneira na implementação da telemedicina no Brasil, foi registrado um recorde de 305 mil agendamentos de teleconsultas em janeiro de 2024.

Contudo, com as recentes chuvas e inundações em diversas cidades do Rio Grande do Sul, o atendimento à distância também se mostra como mais do que um facilitador, uma tecnologia capaz de levar ajuda a quem mais precisa e salvar vidas. 

Com esse objetivo, recentemente, a Doctoralia se uniu com clientes médicos de todo o Brasil para lançar uma mobilização para oferecer teleconsultas sem custo para as vítimas das enchentes que alcançaram graves proporções.

Em dúvida se ainda vale a pena oferecer essa facilidade para os pacientes e superar barreiras? Então, este artigo é para você. Boa leitura!

1. O que é telemedicina e como funciona

Direto ao ponto, a telemedicina é uma modalidade da medicina tradicional que usa a tecnologia para fornecer atendimento médico à distância.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), seu principal objetivo é tratar e prevenir doenças e lesões, além de também servir para a pesquisa e avaliação e educação continuada de profissionais de saúde e treinamento.

Em termos práticos, a telemedicina funciona como uma ponte que conecta pacientes e médicos remotamente e superando qualquer limitação (física ou geográfica). Assim sendo, amplia o acesso aos serviços de saúde inclusive em tempos mais desafiadores.

2Quais os principais serviços da telemedicina?

Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a telemedicina pode ser exercida nas seguintes modalidades de teleatendimentos médicos:

Teleconsulta (consulta médica não presencial, mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação - TDICs)

Teleinterconsulta (troca de informações e opiniões entre médicos, com auxílio de TDICs, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou cirúrgico)

Telediagnóstico (ato médico à distância com transmissão de dados para emissão de laudo ou parecer médico)

Telecirurgia (procedimento cirúrgico à distância, com equipamento robótico e mediado por tecnologias interativas seguras)

Telemonitoramento ou televigilância (monitoramento ou vigilância à distância de parâmetros de saúde e/ou doença)

Teletriagem (avaliação de sintomas do paciente para regulação ambulatorial ou hospitalar)

E teleconsultoria (para que médicos, gestores e outros profissionais possam prestar esclarecimentos sobre procedimentos administrativos e ações de saúde).

3. Dados da telemedicina no Brasil

Se de 2020 a 2022 foram realizadas 11 milhões de consultas remotas no país, em 2023 o número subiu para 30 milhões, um salto de 172%. Os dados são da Fenasaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar).

Só na Doctoralia, pioneira na oferta de teleconsulta para atendimento médico de pacientes na pandemia, o número de teleconsultas que começou com tímidos 17.477 agendamentos em março de 2020, alcançou um recorde de 305 mil em janeiro de 2024. Um aumento histórico de 1648%, considerando todas as especialidades de saúde.

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4. Como a telemedicina ajudou na pandemia e pode ajudar agora

Usada por quase metade (43%) da população do Brasil durante a pandemia de covid-19, segundo estudo da Sinch, o país foi o terceiro que mais aderiu a essa modalidade. Ficou atrás somente da Índia (65%) e Estados Unidos (48%).

Não é para menos, visto que naquela época a principal recomendação das autoridades para evitar a disseminação do vírus foi o isolamento social. 

Por outro lado, é possível perceber que, com o recorde histórico de teleconsultas na Doctoralia em janeiro de 2024, a tendência de crescimento continua mesmo no pós-pandemia.

Isso se deve principalmente às vantagens que a telemedicina traz para a população em geral como:

4.1 Amplia o acesso à saúde, quebrando barreiras geográficas

A telemedicina abre as portas para o acesso à saúde onde antes havia barreiras. Pessoas em áreas remotas ou rurais, antes limitadas pelo acesso difícil a serviços médicos, agora podem consultar médicos e especialistas com apenas alguns cliques. 

Uma facilidade que pode ajudar a contornar, inclusive, o desafio apontado pela mais recente pesquisa Demografia Médica 2024, do CFM, que mostra uma maior concentração de médicos nas maiores cidades do país. Segundo o estudo, o Brasil tem 7 médicos para cada mil habitantes nas capitais.

Assim sendo, os médicos podem expandir seus serviços para além de suas áreas geográficas habituais, atendendo pacientes de diferentes regiões ou até mesmo de outros países, sem a necessidade de viagens. 

Foi o que aconteceu com a Dra. Juliana Cavalieri, endocrinologista em Santo André (SP) que conta que nunca vai esquecer sua primeira paciente via teleconsulta logo no começo da pandemia:

“Atendi uma paciente que morava a 400 km de Manaus e estava grávida. Ela, no interior do Amazonas, não tinha para onde recorrer. Então, deu um Google e me achou na Doctoralia, marcou uma consulta e conseguimos resolver tudo. Aquilo ali foi uma virada de chave. Se não fosse a telemedicina, essa menina teria perdido o bebê.“

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4.2 É mais prática e conveniente para médicos e pacientes

Permitindo uma conexão de onde os médicos e pacientes estiverem, a telemedicina permite uma prestação de serviço em saúde prática e conveniente em horários flexíveis.

Especificamente para pessoas com mobilidade reduzida ou idade avançada, a telemedicina torna o acesso à saúde mais prático e menos desgastante. 

Pacientes que têm dificuldade de locomoção não precisam sair de casa para receber cuidados médicos. Eles podem agendar e participar de consultas online, evitando o desafio físico e logístico de viagens frequentes a consultórios, clínicas ou hospitais.

Outro ponto favorável é que deixa o paciente mais à vontade, inclusive em especialidades mais complexas como conta o Dr. Danilo Munhóz, coloproctologista e cirurgião em Brasília:

“Cabe, principalmente ao médico, fazer com que o paciente se sinta acolhido e sem medo para relatar seus sintomas durante os atendimentos. Muitas vezes, o paciente tem mais facilidade e se sente mais encorajado a se abrir no conforto do lar.”

4.3 É segura e previne outros problemas de saúde

Evitar deslocamentos também reduz o risco de quedas, acidentes e a exposição a doenças contagiosas, o que é especialmente importante para idosos, indivíduos com o sistema imunológico comprometido ou até mesmo pessoas em áreas de risco.

4.4 Economiza tempo e deslocamento

Muitas vezes, especialistas não estão disponíveis nas proximidades de quem vive em regiões isoladas ou tem dificuldades de locomoção. A telemedicina elimina essas barreiras, permitindo o acesso a diversos profissionais, independentemente de onde estejam localizados.

Além disso, com a telemedicina médicos e pacientes não precisam gastar tempo de deslocamento para um consultório médico ou hospital e podem reduzir inclusive o tempo de espera.

4.5 Também permite o suporte imediato

A telemedicina permite que os pacientes tenham acesso rápido a especialistas em caso de necessidade urgente, o que pode ser crucial em situações onde o tempo é um fator crítico para o atendimento.

4.6 Facilita o acompanhamento

Com a facilidade das consultas online, é mais fácil para pacientes manterem consultas de acompanhamento regulares, essenciais para monitorar condições crônicas e ajustar tratamentos.

Médicos podem acompanhar seus pacientes de maneira contínua, mesmo quando estes não podem visitar fisicamente uma clínica ou hospital, como durante crises de saúde, recuperação pós-operatória ou para o manejo de doenças crônicas.

4.7 Faz a diferença em áreas afetadas por desastres

Em regiões atingidas por desastres como as enchentes no Rio Grande do Sul, onde a infraestrutura de saúde pode estar danificada ou inacessível, a telemedicina pode ser rapidamente implementada para oferecer consultas e orientações médicas emergenciais. 

Permite que os pacientes continuem recebendo acompanhamento médico, renovação de prescrições, suporte de saúde mental e monitoramento de condições crônicas sem interrupções.

SOS Rio Grande do Sul: teleconsultas gratuitas para as vítimas da enchente

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Diante das fortes chuvas e enchentes que atingiram o Estado do Rio Grande do Sul nos últimos dias, a Doctoralia se mobilizou em apoiar as comunidades nas regiões afetadas e em zona de risco.

Por isso, a maior plataforma de saúde do Brasil está unindo forças com os próprios clientes (profissionais da saúde) para facilitar o acesso à saúde nesse momento tão difícil.

📱 Como fazer parte?

Você pode fazer parte dessa corrente do bem adicionando o serviço especial: TELEMEDICINA AJUDA RS* ao seu perfil. Dessa forma, você poderá disponibilizar teleconsultas gratuitas e levar sua solidariedade para aqueles que mais precisam.

*O atendimento voluntário pode ser exercido por clientes dos planos Starter, Plus e VIP que fizerem a adição do serviço.

🚨 Como receber atendimento?

Para quem é paciente e deseja receber um atendimento remoto, basta acessar a lista de profissionais voluntários cadastrados e escolher o melhor dia e horário pelo link: https://pro.doctoralia.com.br/ajudariograndedosul


Em caso de dúvidas sobre telemedicina fique à vontade para nos contatar pelo formulário a seguir: