Fake news: como ela afeta o trabalho dos profissionais de saúde?
As fake news são a nova "epidemia” na área da saúde. Recentemente, a Doctoralia entrevistou 570 especialistas cadastrados na plataforma para saber como esse tema tem se manifestado nos consultórios e comprovou que a proliferação é preocupante:
“73% dos participantes afirmaram ter recebido algum questionamento de seus pacientes no último ano que, ao final, descobriu-se tratar de boato.”
O mais alarmante é que este tipo de notícia não parece estar recuando, mesmo que se fale cada vez mais sobre o assunto: 72% dos profissionais entrevistados pela Doctoralia afirmaram ainda notar um aumento de boatos na saúde, ou seja, cada vez mais as pessoas procuram diagnósticos na Internet e recebem informações que não são confiáveis, ou sequer verificadas.
Buscar no Google por sintomas como dor de cabeça, por exemplo, pode trazer diagnósticos de febre, dengue, meningite, AVC e outras patologias que podem preocupar sem necessidade ou, no pior dos casos, passar uma falsa sensação de tranquilidade aos pacientes.
Novos canais de comunicação como o WhatsApp e as redes sociais têm sido um dos maiores portadores destas fake news:
É o que mostra um artigo publicado pelo jornal britânico The Independent: um levantamento identificou que, entre os 20 artigos mais compartilhados em 2016 com a palavra “câncer”, mais da metade trazia alegações falsas ou desacreditadas por médicos e autoridades de saúde. O mesmo foi visto com o termo 'HPV': entre as cinco principais notícias sobre a enfermidade, as três com mais engajamento foram declaradas falsas pelo site de checagem de notícias snopes.com.
Esse novo fenômeno tem mudado a forma como pacientes se relacionam com a saúde. Muitos passaram a tomar como diagnóstico as informações que encontram online e deixam de lado o tratamento e os profissionais especializados.
Como ajudar pacientes distinguirem informações verdadeiras de boatos?
É importante que a comunidade de médica se conscientize tanto quanto os pacientes sobre os efeitos colaterais das fake news e passem a orientar a população. Afinal, como autoridades no assunto, especialistas também devem ser porta-vozes sobre os perigos das notícias falsas, além de educadores.
👉 Pergunte ao Especialista
Um serviço gratuito para pacientes e profissionais, criado para aproximá-los e melhorar a qualidade das informações sobre saúde na Internet. Sempre que um paciente tem uma dúvida, ele pode pesquisar entre as respostas enviadas à Doctoralia, ou criar uma nova pergunta. Mais de 100 mil especialistas já participaram, ajudando a pacientes.
O serviço ainda é moderado por uma equipe de especialistas que verifica todas as respostas antes de serem publicadas.
👉 Criação de Conteúdo
Este é outro tema que sempre ressaltamos no blog. É essencial que profissionais de saúde usem seu conhecimento para gerar conteúdo de qualidade e ajudem a gerar o efeito contrário às fake news. Isso não apenas contribui para educar a população, como também promove a reputação do especialista. Aqui você encontra algumas dicas para criar conteúdo aos seus pacientes.
👉 Orientação de canais seguros
Infelizmente, ainda é comum que pacientes saiam com dúvidas do consultório. Aproveite o momento em que está com ele em consulta para indicar canais confiáveis onde poderá buscar mais informações sobre sua enfermidade ou tratamento.
Dessa forma, ele não apenas será ajudado com conhecimento, como ainda promoverá conteúdo de canais sérios sobre saúde, ajudando a combater as notícias falsas.
Educar os pacientes e ajudá-los a discernir quando é importante procurar um especialista é uma tarefa de todos os profissionais do setor e essencial para o combate das fakes news.
Colaboração entre as equipes da Doctoralia de mais de um país. Além do Brasil, temos especialistas em conteúdo na Itália, México, Espanha e Polônia.